terça-feira, 2 de abril de 2013

O RENASCER DAS CINZAS
(Francis Paula)

A canção afirmava que o tempo engana aqueles que pensam que sabem demais...
Paralelo a isso ela teimava em refletir o quanto muitos ainda viveriam naquela condição de “donos da verdade”?!
Palavras... Palavras... Sim, as mesmas palavras que tanto estudara se mostravam como armas preciosas e perigosas.
Até quando os mistérios articulados pela mente e desenhados pelos lábios se mostrariam como mecanismos de um jogo de xadrez e que nós, muitas vezes, somos as peças de manuseio de um grupo?!...
Sim, o poder... O titã “Cronos”, que com o medo de ter arrancado o seu “poder”, devorava os filhos um a um.
Ou seja, até quando “Cronos” nos devorará, nos jogará em meio as palavras daqueles que se julgam senhores de suas épocas, lugares ou instituições...
Nas ruas, as pessoas correm, sufocam desejos, calam-se ou despejam seus mistérios, suas palavras sem ao menos pensar no jogo ao qual estamos a fazer parte.. ou não?!
Quanto mais pensava, ela refletia sobre as palavras e sobre Cronos, o titã... E que somente Zeus, único filho que o enganou e sobreviveu, aliado à “Prudência”, o fizeram vomitar seus filhos (seria o passado personificado?) e assim, trazer à tona as verdades que poderiam fazer a diferença.
Não, não se pode abaixar a cabeça. Não, não se pode enganar pelas “palavras-mistério”, pelo jogo de xadrez entre a vida e a vida... A morte aqui não conta.
Não, não se pode fechar os olhos... Como fênix, renascer das cinzas e assim, é preferível terminar não com melancolia, mas com a multiplicidade das pessoas de uma certa “Pessoa”:
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, os caminhos que nos levam aos mesmos lugares. É o tempo da travessia e se não ousarmos fazê-la, ficaremos à margem de nós mesmos”.
Infelizmente, é tudo um grande jogo pelo poder.... Ela espera, sinceramente, que não.

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