O RENASCER DAS CINZAS
(Francis Paula)
(Francis Paula)
A canção
afirmava que o tempo engana aqueles que pensam que sabem demais...
Paralelo
a isso ela teimava em refletir o quanto muitos ainda viveriam naquela
condição de “donos da verdade”?!
Palavras...
Palavras... Sim, as mesmas palavras que tanto estudara se mostravam
como armas preciosas e perigosas.
Até
quando os mistérios articulados pela mente e desenhados pelos lábios
se mostrariam como mecanismos de um jogo de xadrez e que nós, muitas
vezes, somos as peças de manuseio de um grupo?!...
Sim, o
poder... O titã “Cronos”, que com o medo de ter arrancado o seu
“poder”, devorava os filhos um a um.
Ou seja,
até quando “Cronos” nos devorará, nos jogará em meio as
palavras daqueles que se julgam senhores de suas épocas, lugares ou
instituições...
Nas ruas,
as pessoas correm, sufocam desejos, calam-se ou despejam seus
mistérios, suas palavras sem ao menos pensar no jogo ao qual estamos
a fazer parte.. ou não?!
Quanto
mais pensava, ela refletia sobre as palavras e sobre Cronos, o
titã... E que somente Zeus, único filho que o enganou e sobreviveu,
aliado à “Prudência”, o fizeram vomitar seus filhos (seria o
passado personificado?) e assim, trazer à tona as verdades que
poderiam fazer a diferença.
Não, não
se pode abaixar a cabeça. Não, não se pode enganar pelas
“palavras-mistério”, pelo jogo de xadrez entre a vida e a
vida... A morte aqui não conta.
Não, não
se pode fechar os olhos... Como fênix, renascer das cinzas e assim,
é preferível terminar não com melancolia, mas com a multiplicidade
das pessoas de uma certa “Pessoa”:
“Há um
tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, os caminhos que
nos levam aos mesmos lugares. É o tempo da travessia e se não
ousarmos fazê-la, ficaremos à margem de nós mesmos”.
Infelizmente,
é tudo um grande jogo pelo poder.... Ela espera, sinceramente, que
não.
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